
Estresse na Família do Dependente Químico
A preocupação constante com o dependente químico e/ou alcoólico, causado pelo temor de sua perda (morte) pelo excesso de consumo de substâncias nocivas ao organismo é real, assim como, o surgimento de alguma crise dentro de casa, onde possa causar danos físicos a alguém na família devido a agressões, causando sentimento de medo, raiva, culpa, vergonha que geram angústia e ansiedade.
Esse tormento constante leva ao estresse, que pode causar inúmeros problemas de saúde a nível físico e psicológico, caso não seja tratado, tais como, infecções, doenças cardíacas, depressão. Quando o estresse se cronifica, desenvolve na pessoa a ansiedade e comportamentos prejudiciais, como comer excessivamente e abusar de álcool e drogas.
O quadro de ansiedade crônica desenvolvida pela pessoa, pode vir a desencadear alguns sintomas físicos, tais como: dores abdominais; diarreia, vertigem, boca seca ou dificuldade para engolir, cefaleias (dores de cabeça); tensão muscular, sudorese, agitação; tremores; dificuldade de concentração; fadiga, insônia, problemas sexuais, irritabilidade excessiva, etc.
Trata-se de um efeito dominó, onde o surgimento de um sintoma cronificado, acarreta em outro que se mantém constante até o surgimento de outro e assim sucessivamente.
Alguns membros da família, passam a consumir medicamentos, tornando o consumo de indutores do sono e relaxantes diários, para tentar lidar com a angustia da falta de controle sobre a situação, passando a desenvolver também uma dependência.
Não adianta tratarmos o sintoma se não eliminarmos a causa do problema, e neste caso, não é abandonando o dependente químico e/ ou alcoólico, mas aprendendo a lidar com a questão de uma forma diferente, transformando o problema em solução.
Elizabeth Cristina Hiller
Psicóloga -CRP 06/58.203